quinta-feira, 28 de junho de 2012

O PODER DA FÉ CONTINUAÇÃO

O poder da fé A ciência comprova que a espiritualidade pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Atenua também os sintomas de enfermidades como AIDS e câncer, além de melhorar a qualidade de vida e diminuir a violência "A fé atua em diversas áreas cerebrais, principalmente no sistema límbico, que é responsável pelas emoções" E foi comprovado cientificamente que pessoas espiritualizadas podem diminuir o risco de alguns tipos de doenças como as cardiovasculares, o diabetes, acidentes vasculares cerebrais (AVC), infartos e insuficiência renal. Além de amenizar os sintomas de doenças crônicas como AIDS e câncer Ao adquirir o autoconhecimento e a aceitação proporcionados pela fé, o indivíduo consegue mudar seus hábitos, como melhorar a alimentação, praticar atividade física, ter um sono reparador e manter o equilíbrio nos pensamentos e atitudes. A espiritualidade também ajuda a combater a depressão, já que atenua os sentimentos de amargura, raiva, estresse e mesmo ressentimentos. “A fé atua em diversas áreas cerebrais, principalmente no sistema límbico, que é responsável pelas emoções. Ela ainda reforça o sistema imunológico, prevenindo diversas doenças”, afirma Ricardo Monezzi, pesquisador e psicobiólogo do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele explica que os indivíduos espiritualizados, independentemente da religião, demonstram ser menos violentos, pois pensam no próximo, são altruístas e muitas vezes demonstram ser mais solidários. Além disso, pessoas espiritualizadas cometem menos suicídio, ficam menos tempo internadas nos hospitais e geralmente têm mais qualidade de vida. “Elas acreditam que a vida tem um objetivo e aceitam as adversidades com mais clareza e não se sentem desamparadas nos momentos difíceis”, relata o pesquisador Monezi. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Toronto (Canadá), liderada pelo professor de Psicologia Michael Inzlicht, constatou que a fé pode diminuir a ansiedade, a depressão e o estresse. Os participantes realizaram um teste, conhecido como Stroop, onde foram analisadas as atividades cerebrais dos indivíduos, e foi comprovado que a crença tem um efeito calmante cuja consequência é a diminuição da ansiedade, bem como o medo de enfrentar o que nos parece incerto e desconhecido. “Existem pesquisas com Ressonância Nuclear Magnética Funcional, que demonstram áreas específicas do cérebro que se ‘acendem’ em orações ou meditações”, pontua Niura. Entretanto, Habermann destaca que, apesar de os recursos tecnológicos terem registrado inusitados mecanismos da fisiologia cerebral, principalmente na área das emoções, ainda há muito o que se descobrir nesse assunto. Novo paradigma Como tem reagido a medicina convencional diante dessa nova realidade? De acordo com Paulo de Tarso Lima, coordenador do Setor de Medicina Integrativa e Complementar do Programa Integrado de Oncologia do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) e autor do livro Medicina Integrativa – a cura pelo equilíbrio (MG editores), os profissionais da saúde entenderam que o ser humano precisa cuidar do corpo, mente e espírito. E atualmente, em algumas escolas de medicina, os alunos já possuem matérias sobre a importância da espiritualidade no processo de cura. “Há um movimento global na área da saúde que identifica as necessidades dos pacientes e visa respeitar as decisões de cada um, independentemente das crenças ou valores”, afirma. Para que isso ocorra, a conversa entre paciente e médico é fundamental. Com o diálogo, o profissional saberá no que a pessoa acredita e poderá informar que há bases científicas que comprovem que a espiritualidade auxilia no processo de cura. O médico deverá abordar o paciente de forma humana, entender e explicar o que há por trás das doenças e discutir como ele vê a doença e a cura. “Os médicos precisam respeitar seus pacientes. Escutá-los com atenção e indicar tratamentos que possam ajudar nesse processo”, explica Lima . A prática médica tem mostrado aos profissionais da saúde — convencionais ou não — a importância da fé como coadjuvante da cura dos males orgânicos. Além de curar, cultivar a fé muda os hábitos, torna os indivíduos mais saudáveis, atenua sintomas de doenças, pode levar à cura e traz um sentido na vida de cada um. Crer é preciso.

O PODER DA FÉ

O poder da fé A ciência comprova que a espiritualidade pode reduzir o risco de doenças cardiovasculares e diabetes. Atenua também os sintomas de enfermidades como AIDS e câncer, além de melhorar a qualidade de vida e diminuir a violência Aos 25 anos, a relações-públicas Bruna Paranhos foi surpreendida em seus exames de rotina com um diagnóstico revelador: estava com um nódulo no seio. Ao consultar um mastologista do Hospital A. C. Camargo (SP), descobriu que precisava realizar uma biópsia e verificar a gravidade do problema. O resultado sairia somente em duas semanas. “Foi uma época sofrida, mas me entreguei à fé. Pedia a Deus todos os dias pela minha cura, comecei uma corrente de orações, e nunca tive dúvida de que a minha fé me curaria”, diz. Otimista, retornou ao hospital e viu a surpresa do oncologista ao constatar que o nódulo não era grave. “O especialista imaginou que eu estava com um carcinoma (tumor maligno), mas, no fim das contas, ele era benigno e nem foi preciso retirá-lo”, conta. Essas e outras histórias são muito comuns na rotina de hospitais de todo o mundo. Porém estão longe de ser crendice popular ou misticismo. A ciência comprovou que a fé pode até curar. Nesse contexto é importante destacar que a espiritualidade e a religião são fatores diferentes. Para Niura Padula, neuropediatra e pesquisadora da Universidade Paulista de São Paulo (Unesp), a religião é uma somatória de dogmas e ritos preconizados por um determinado grupo. “Já a fé é a conexão com algo mais profundo, não precisa necessariamente estar ligada a nenhuma religião, mas sim com o exercício de ética, da moral, da caridade e solidariedade”, explica. Espiritualidade e cura O pesquisador e médico Francisco Habermann (Unesp-Botucatu), também afirma que o conceito de espiritualidade está ligado ao conhecimento da alma humana. “A espiritualidade independe de qualquer formalidade e ultrapassa o de religião”, complementa. A ligação entre espiritualidade e saúde é conhecida desde o início das culturas mais antigas. Mas, desde que a ciência começou provar as origens das doenças “físicas”, foi feita a divisão: religião cuida do espírito e ciência, do corpo. “Agora se sabe que além do corpo também temos o lado espiritual, e podemos unir ambos e chegarmos à espiritualização da medicina. Assim podemos fazer melhores diagnósticos e aprimorar os processos de cura”, diz o especialista Niura. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconhece a espiritualidade como um fator que não deve ser desprezado, porque pode gerar equilíbrio e declara que, quando ela é bem empregada, o resultado observado é um reflexo positivo na saúde psíquica, social e biológica, tal como o bem-estar do indivíduo. "A OMS reconhece a espiritualidade como um fator que gera equilíbrio" Cultivando a espiritualidade Que crer é importante é um fato, mas como fortalecer a fé? Para cultivar a espiritualidade é preciso acreditar na vida, ser positivo e crer que há uma razão para os acontecimentos. Para Ricardo Monezzi, pesquisador e psicobiólogo do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), é importante acreditar no próprio potencial e em dias melhores. “A fé é algo profundo, um sentimento que transcende o corpo, por isso é necessário confiar em uma força superior. É um processo individual, e cada um precisa descobrir como cultivar esse sentimento”, diz. Confira algumas dicas para aumentar a fé: • Converse com pessoas espiritualizadas e busque conselhos. • Conviva com o próximo, tentando sempre se colocar em seu lugar nas adversidades (seja altruísta e solidário). •A meditação é um exercício cerebral que foca o pensamento e traz conforto e tranquilidade, além de melhorar a memória. • Pratique técnicas de respiração: a maneira como respiramos pode afetar como pensamos e também como agimos. • Conheça as terapias orientais que buscam estabelecer o equilíbrio da energia. Ioga é uma ótima opção. • Concentre-se no dia de hoje. O amanhã é incerto e o passado não retorna. Pense que você só tem o dia de hoje para viver. • Procure uma religião que combine com o que você acredita. • Se mesmo assim tiver dificuldades, procure ajuda de um terapeuta. Com a terapia, você poderá encontrar algumas respostas e se reestruturar em momentos difíceis.

BIBLIOTERAPIA

Ler para lidar com os males da alma A Biblioterapia pode diminuir a ansiedade, depressão, fobias e até mesmo melhorar a autoestima entre diversos tipos de público e faixas etárias Ao escolher um bom livro, o leitor pode viajar para outro espaço e época e conhecer personagens únicos que podem marcá-lo para sempre. Quem costuma ler sabe bem como é. Já foi comprovado que os benefícios vão além do entretenimento. Desde as antigas civilizações acreditava-se que a leitura poderia proporcionar alívio às enfermidades. Porém o nome específico de biblioterapia (terapia por meio de livros) surgiu apenas no século XX. Inicialmente, ela era recomendada para pessoas portadoras de conflitos internos como depressão, medos, fobias e para idosos. Hoje, após anos de pesquisa, sabe-se que a leitura terapêutica pode trazer diversos benefícios para diferentes tipos de pessoas em faixas etárias distintas. Essa terapia complementar pode ser aplicada em grupo ou individualmente. De acordo com Lucélia Paiva, autora do livro A arte de falar da morte para crianças (Editora Ideias & Letras), a leitura proporciona o aumento da autoestima e pode ser aplicada em processos de desenvolvimento pessoal, educacional ou em quadros clínicos. “As histórias podem levar a mudanças, pois auxiliam o indivíduo a enxergar outras perspectivas e distinguir opções de pensamentos, sentimentos e comportamentos, dando oportunidades de discernimento e entendimento de novos caminhos saudáveis para enfrentar dificuldades”, diz. Para quem é indicada a terapia complementar? a prática tem sido usada em várias situações clínicas, na qualidade de terapia complementar. Confira: - luto (divórcio ou morte) - depressão - hospitalizações - falta de perspectiva na vida - doenças crônicas - dificuldades para se relacionar - presidiários - idosos - dependências - traumas - ansiedade - desemprego - estresse e bullying Para Clarice Fortkamp Caldin, autora do livro Biblioterapia: um cuidado com o ser (Porto das Ideias Editora), a leitura, ao descortinar um outro mundo, uma outra realidade, permite ao ser humano exercitar o imaginário, assumir as características de determinados personagens especialmente admirados, refletir sobre suas atitudes e aliviar suas angústias. “Isso só acontece com a leitura do ficcional, que permite a liberdade de interpretações”, afirma. Além de todos esses benefícios, a biblioterapia também amplia a compreensão intelectual, desenvolve senso de pertencimento, dá inspiração, corrige ou elimina comportamentos nocivos ou confusos, e além disso pode diminuir a ansiedade e a solidão. Profissionais como psicólogos, educadores, bibliotecários e assistentes sociais, quando bem preparados e treinados, podem aplicar a terapia por meio de livros. O especialista, primeiramente, identifica o problema a ser tratado, para depois selecionar a obra que será utilizada. Em seguida, são feitos o compartilhamento das experiências e o acompanhamento do impacto do material escolhido. Conheça as etapas da biblioterapia O leitor se envolve com a trama ou com o personagem da história (envolvimento) e identifica-se com o caráter ou com a experiência apresentados no livro (identificação). Ao identificar-se, o indivíduo sente alívio pelo reconhecimento de que outros têm adversidades similares. Os dilemas resolvidos com sucesso na obra farão com que o leitor realize uma tensão emocional associada aos seus próprios problemas (catarse). Desta forma, ele pode querer aplicar o que aconteceu na história fictícia à sua vida. Em seguida, a semelhança dos problemas da trama com a sua realidade faz com que o leitor chegue a uma etapa final (universalidade), onde consegue compreender outros problemas similares. Ao ler um texto, o indivíduo constrói um texto paralelo, ligado às suas experiências e vivências pessoais, o que o torna diferente para cada leitor. A literatura tem o poder de mexer com as emoções porque admite a suspensão temporária do que se conhece por descrença. Isso significa que durante a leitura, ele passa a acreditar nos acontecimentos dos livros e esquece dos próprios problemas, causando o bemestar e assim diminuindo a dor. "Com a leitura terapêutica o leitor se distancia de sua própria dor e também é capaz de expressar seus sentimentos e ideias, possibilitando uma percepção mais aguçada de sua situação de vida. A partir daí desenvolve-se ainda uma forma de pensar criativa e crítica. Ler também diminui o sentimento de solidão, e estimula uma maior empatia com outras pessoas"

ESTRESSE Dói

Estresse dói As tensões diárias fazem você enrijecer a musculatura até o seu corpo pedir socorro. Aí começam as dores e, para relaxar e aliviar o incômodo, nada melhor do que uma boa massagem. Escolha a sua! Chateações em casa ou no trabalho, sapos engolidos, ansiedade, violência, medo de perder o emprego, pavor de engordar, receio de não dar conta da agenda apertada... Para a maioria de nós, as emoções geradas por essas e outras preocupações fazem parte do estresse diário e têm um destino certo: a musculatura. Sem perceber, começamos a segurar o telefone com força, a apertar a mandíbula, a manter os ombros curvados e a contrair os músculos das costas. O resultado é uma dor crônica pelo corpo, fruto de anos de tensão muscular. “A rigidez causa dor, porque na área contraída a circulação do sangue fica mais difícil e a oxigenação dos tecidos é prejudicada, impedindo a eliminação de toxinas. O incômodo é pior se a tensão no local chega a comprimir os nervos”, explica Maria Thereza Bortolo, especialista em eutonia, uma técnica que melhora a consciência corporal. Não dê as costas para a dor Como eliminar todas as fontes de estresse é impossível, o melhor caminho para ficar livre das dores é aprender a lidar com as pressões. “Se em vez de sufocar sentimentos como a raiva, o medo e a humilhação, passamos a aceitá-los e a expressá-los com maturidade na hora em que eles aparecem, agimos no sentido de evitar novas tensões e dores musculares e até mesmo de aliviar as antigas, que estão ‘congeladas’ e podem incomodar por anos a fio”, garante o médico e psicoterapeuta Ricardo Rego, professor e diretor do Instituto Brasileiro de Psicologia Biodinâmica, de São Paulo. Ou seja, se você não resolve o problema na hora (foge, arruma uma válvula de escape), ele se acumula em forma de tensão no corpo. E vai fazendo mal, causando vários sintomas psicossomáticos, como a dor. “Pessoas deprimidas e ansiosas são as que mais sofrem de dores nas costas, por exemplo. Para melhorar, elas deveriam passar a acreditar mais no próprio potencial e readquirir a auto-estima”, ensina o reumatologista José Goldenberg, vice-presidente do Hospital Albert Einstein e autor do livro Coluna Ponto e Vírgula (Ed. Atheneu). Enquanto insistimos em manter a mesma postura diante da vida, outra saída bem menos complicada é buscar o bem-estar por meio de massagens e outras técnicas de manipulação de partes do corpo. Elas, literalmente, ‘tiram com as mãos’ as dores causadas por estresse e, de quebra, induzem à produção de substâncias que podem atuar no equilíbrio emocional. O ALÍVIO ESTÁ NAS MÃOS DE ESPECIALISTAS SE SUAS DORES SÃO MESMO FRUTO DO ESTRESSE — E NÃO DE UMA HÉRNIA DE DISCO OU ATÉ DE UM TUMOR NAS COSTAS, POR EXEMPLO — O VAIVÉM DAS MÃOS DE UM ESPECIALISTA QUALIFICADO, CAPAZ DE DIFERENCIAR A CAUSA DA DOR, COSTUMA SER UM EXCELENTE REMÉDIO. CONFIRA, A SEGUIR, AS MASSAGENS E TÉCNICAS MAIS INDICADAS PARA ESSES CASOS. O IDEAL É FAZER AO MENOS DEZ SESSÕES — TEMPO MÍNIMO QUE UM ORGANISMO ESTRESSADO LEVA PARA COMEÇAR A RESPONDER AO TRATAMENTO. MASSOTERAPIA, A MASSAGEM OCIDENTAL O que é O ocidente também aceita o poder da massagem, tanto que é um dos recursos utilizados por fisioterapeutas para curar e reabilitar vítimas de traumas físicos (como estiramentos musculares), para controlar a dor, melhorar a circulação sangüínea e aumentar a flexibilidade das articulações. A explicação para os benefícios do vaivém das mãos, nesse caso, remete a reações fisiológicas já comprovadas. O toque dos dedos e das mãos na pele estimulam o fluxo do sangue (permitindo mais oxigênio para os tecidos e células) e a circulação linfática (responsável pela liberação de toxinas pelo organismo). Além disso, milhões de receptores nervosos sob a pele enviam sinais para o cérebro que, por sua vez, responde com a liberação de substâncias que dão a sensação de bem-estar e aliviam as dores — como as endorfinas, verdadeiros analgésicos naturais. Por isso, ela funciona quando há dores por estresse. Como é feita “Se é um problema de tensão muscular, trabalha-se a área dolorida até dissolver os nódulos resultantes de contraturas. As áreas-alvo mais afetadas pelo estresse crônico são os ombros e as costas (na parte cervical, próxima ao pescoço, e na lombar, na região final da coluna)”, explica a fisioterapeuta Marina Luiza Spinelli, do Ambulatório de Fisioterapia do HC. Também conhecida como massagem terapêutica, ela usa a aplicação de força ou vibração, de forma profunda, sobre tecidos macios do corpo (músculos, tendões, ligamentos e articulações). A massoterapia é feita com o auxílio de cremes ou óleos específicos. Tempo de duração da sessão: 60 minutos.

terça-feira, 19 de junho de 2012

RELAXAMENTO PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL

Relaxamento: benefícios para a pele Relaxamento é o ato de desfazer as tensões existentes na musculatura e em todos os setores do organismo. Vem do inglês relax e é uma acepção importada para o verbo relaxar, que, em português, tem outro sentido. Melhor seria dizer descontração, mas como o termo já está consagrado, vamos mantê-lo neste texto. A ausência de tensão é o estado natural do ser humano. Existe um tônus natural, que permite à musculatura funcionar. As tensões, porém, são originadas de pensamentos, emoções e sentimentos e são adequadas a cada situação. Nem sempre as pessoas estão conscientes do que pensam ou sentem. Existem pensamentos automáticos e emoções contidas ou reprimidas das quais as pessoas não se dão conta, mas que afetam suas fibras musculares causando retesamentos e bloqueios acumulados, capazes de provocar alterações na coluna, na respiração, na postura, na emissão da voz, nos movimentos e terminando por gerar doenças. Como vimos anteriormente, a musculatura e as glândulas da pele respondem imediatamente às variações do estado interno do indivíduo. Tensões permanentes ou repetidas diminuem a capacidade de resistência da pele a infecções e facilitam a instalação de distúrbios diversos. Função do relaxamento Se o estado descontraído da musculatura é o natural, o retorno a ele, sempre que houver tensões anormais, pode ser considerado como um método auxiliar de cura, pois elimina fatores desencadeantes ou agravantes de qualquer doença. A pele descontraída oferece condições ótimas para suas funções protetora, respiratória, lubrificante, reguladora da temperatura, imunitária e outras a serem exercidas de modo satisfatório. O relaxamento promove aquietamento, revigoramento, reanimação e reativação completos do organismo. Como o corpo é holístico (uma coisa só), atinge também o estado mental despertando pensamentos de calma e de bem-estar por um efeito sobre a circulação, a função cerebral, o funcionamento cardíaco e a respiração. Outras ações comprovadas do relaxamento são diminuir a hipertensão arterial, ajustar o sistema imunitário, superar a insônia, retardar o envelhecimento, aumentar a capacidade de autocura. Tudo isso é atingido por mudanças na produção de mensageiros químicos, determinadas pela descontração muscular. Existem clínicas nos EUA, principalmente as especializadas em câncer, onde o relaxamento é regularmente empregado como parte integrante de qualquer tratamento por esses motivos. Como praticar o relaxamento Existem diversas maneiras de atingir o estado de relaxamento. Todas têm em comum a necessidade de persistência e regularidade na prática. Quanto mais se faz o relaxamento mais benefícios são obtidos. Quinze a trinta minutos diários promovem uma recuperação realmente valiosa. Rapidamente, a pessoa percebe que está descontraída a maior parte do tempo. O relaxamento pode ser feito deitado ou sentado. O estado de descontração caracteriza-se por pálpebras fechadas, boca entreaberta, língua em contato suave com os dentes incisivos inferiores e afastamento dos maxilares superior e inferior. Quando sentado, a cabeça fica pendente. Inicia-se com uma série de 10 a 20 respirações abdominais conscientes. Então, iniciando pela cabeça e indo progressivamente até os pés, a cada intervalo entre a expiração e a inspiração seguinte deve-se voltar a atenção para cada parte do corpo (faces do rosto, boca, pálpebras, fronte, couro cabeludo, pescoço, costas, ombros, braços e mãos, tórax, abdome, coxas, pernas e pés) e mentalmente enviar uma ordem: relaxe. A simples atenção dirigida e a imaginação da parte relaxando provocam o efeito de relaxamento, porque a intenção transforma. Ao chegar aos pés, permanece-se no estado de calma atingido até completar o tempo escolhido. Também se pode utilizar um método mais rápido de relaxamento pela contração de todos os músculos de uma vez só, mantê-la até o máximo possível e soltar suavemente. Ou contrair e descontrair várias vezes. Outros métodos existem, assim como técnicas milenares, como yoga, tai chi e chi kung. Cada pessoa deve praticar aquele que mais lhe convém ou agrada. Consequências da pele relaxada O estado de relaxamento faz com que a pele se mantenha em boas condições, dentro das características genéticas de cada um e da idade em que se encontra, e seja protegida do ataque dos radicais livres, causadores de doenças e de envelhecimento prematuro. Evita a sobrecarga e o desgaste energético da contração dos músculos próprios da pele e do funcionamento anormal dos diversos tipos de glândulas, bem como da ação de substâncias químicas mensageiras com propriedades irritantes e inflamatórias, e da depressão funcional das células de defesa presentes na pele. Portanto, para o equilíbrio da pele, o relaxamento impõe-se como recurso natural de valor essencial.

VAMOS APROVEITAR O INVERNO PAR CUIDAR DO CORPO FÍSICO E MENTAL

Massagem Relaxante A massagem relaxante é uma técnica que aplica movimentos: repetitivos, intensos, delicados e firmes sobre os tecidos do corpo que pode proporcionar o relaxamento físico e mental, melhorar a circulação, aliviar tensões musculares, trabalha a flexibilidade entre outros inúmeros benefícios. Atualmente, é possível encontrar massagens com diversas aplicações: estéticas, terapêuticas e como forma de relaxamento. As técnicas de massagens ajudam a aumentar o nível da substância serotonina em nosso corpo proporcionando uma sensação de bem-estar e alegria, a massagem relaxante auxilia no processo para remover substâncias tóxicas das células que são prejudiciais ao nosso corpo, sendo uma técnica eficiente e rápida para combater o estresse. Com uma rotina de trabalho estressante os músculos começam a tensionar, a respiração torna-se irregular, sensação de cansaço, cabeça e olhos doem. Uma sessão de massagem oriental ou ocidental, auxilia no reequilíbrio do corpo e da mente aliviando as tensões provocadas no dia-a-dia. Recomenda-se realizar a massagem relaxante em conjunto com hábitos de vida saudável como por exemplo a prática de esportes, técnicas de relaxamento, alimentação balanceada que auxilia na prevenção de problemas de saúde e no combate ao estresse. O movimento da massagem proporciona benefícios físicos e psicológicos, aliviando o estresse, dores musculares, diminuição da ansiedade, irritabilidade, aumenta sua flexibilidade, elasticidade entre outros benefícios. Pode ser aplicada tanto em homens como mulheres nas mais diversas faixas etárias. Atualmente um centro de estética pode oferecer os mais modernos procedimentos estéticos podemos citar como exemplo tratamentos para: reduzir medidas, gordura localizada, estrias, celulite, flacidez, diminuir sinais de envelhecimento etc. ]
Relação entre saúde física, mental e espiritual – Como já falamos aqui, em dois posts anteriores (Relação entre saúde física, mental e espiritual – Parte 1 e Relação entre saúde física, mental e espiritual – Parte 2), existe uma íntima relação entre a saúde física, mental e espiritual. Cabe a nós, enquanto servos de Deus, conhecermos essa relação e quais as implicações de não estar saudável em uma dessas dimensões. Quando nosso corpo está mal, nossa mente fica debilitada também, e nossa comunhão com Deus é comprometida. O mesmo ocorre quando a mente não está saudável – o corpo sofre as chamadas doenças psicossomáticas e a saúde espiritual mais uma vez é comprometida. Mas, porque a saúde espiritual, nossa comunhão com Deus, é comprometida quando nossa saúde física e mental não vai bem? Deus se comunica conosco através de nossa mente. Ellen White comenta em Conselhos para Professores, Pais e Estudantes, na página 78, que é “a mente, que liga o finito ao Infinito”. Satanás tem grande interesse em que nossa mente não esteja pronta a receber as verdades de Deus como deveria. “Temos um inimigo vigilante, que se acha sempre em nossas pegadas, pronto a se aproveitar de qualquer fraqueza que possa auxiliá-lo em tornar suas tentações eficazes. Quando a mente está esgotada e o corpo enfraquecido, ele intensifica sobre a alma suas mais cruéis tentações.” Obreiros Evangélicos, p. 245 A Bíblia é clara: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.” I Coríntios 6:19 e 20. Nosso dever, como servos de Deus, comprados por Ele é glorificar a Deus em nosso corpo e em nosso espírito, pois estes pertencem a Ele. Contudo, “os filhos de Deus não podem glorificá-Lo com o corpo enfermo ou a mente enfraquecida.” Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 18. “Tudo que nos diminui a força física, enfraquece a mente a torna menos capaz de discernir entre o bem e o mal. Ficamos menos aptos para escolher o bem, e temos menos força de vontade para fazer aquilo que sabemos ser justo.” Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 48 e 49. A mensagem de saúde, que para muitos tem a ver apenas com ter saúde física, nos foi dada por Deus pois tem um papel importante em nossa vida espiritual. É obra de Satanás fazer-nos pensar que as orientações sobre saúde tem como finalidade última evitar que tenhamos doenças. Quando negligenciamos as leis físicas ou leis naturais (termos utilizados por Ellen White para se referir às leis de saúde, às leis que regem o funcionamento do nosso organismo), estamos também negligenciando a Lei de Deus, e isso é pecado – “a violação da Lei de Deus, quer natural quer espiritual, é pecado” A Ciência do Bom Viver, p. 228. Além disso, nos tornamos menos aptos a ouvir a voz de Deus e a discernir Sua vontade, permanecendo assim em uma vida de pecado. “Os que obtiveram luz sobre os assuntos do comer e vestir-se com simplicidade, em obediência às leis físicas e morais, e que abandonaram a luz que lhes aponta o dever, eximir-se-ão ao dever em outras coisas. Se eles insensibilizarem a consciência para evitar a cruz que devem tomar para estarem em harmonia com a lei natural, também violarão os Dez Mandamentos, a fim de eximir-se à reprovação. Há decidida relutância da parte de alguns em suportar a cruz e desprezar a afronta. Alguns serão ridicularizados por seus princípios. A conformidade com o mundo está conquistando terreno entre o povo de Deus, que professa ser peregrino e estrangeiro, que espera o aparecimento do Senhor.” Conselhos Sobre Saúde, p. 105 Esse assunto é muito sério, e poucos estão dispostos a falar sobre ele pois comumente as pessoas não estão dispostas a receber esse tipo de mensagem. Entretanto, não há mais tempo para temermos pregar e viver a verdade. Precisamos do Espírito Santo hoje, como nunca antes, mas é impossível ouvir a voz do Espírito como deveríamos, tendo mentes enfraquecidas como temos! “Deus não pode deixar que Seu Espírito Santo repouse sobre os que, embora sabendo o que devem comer para ter saúde, persistem numa conduta que enfraquecerá o corpo e a mente.” CSRA, p. 56. Peça forças a Deus para vencer aquiles hábitos que tem tornado sua mente e seu corpo enfraquecidos para glorificar a Deus como devemos. A Palavra de Deus diz que Cristo “é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória” Judas 1:24. Acredite nesse Cristo e viva a vontade de Deus!

CONTINUAÇÃO SAUDE FÍSICA MENTAL E ESPIRITUAL

Relação entre saúde física, mental e espiritual – “É o dever de toda pessoa, por amor de si mesma, e por amor da humanidade, instruir-se quanto às leis da vida, e a elas prestar conscienciosa obediência. Todos precisam familiarizar-se com esse organismo, o mais maravilhoso de todos, que é o corpo humano. Devem compreender as funções dos vários órgãos, e a dependência de uns para com os outros quanto ao são funcionamento de todos. Cumpre-lhes estudar a influência da mente sobre o corpo, e deste sobre aquela, e as leis pelas quais são eles regidos.” A Ciência do Bom Viver, pág. 128. No texto acima, Ellen White enfatiza a importância de estudarmos esse assunto, por isso, continuaremos a falar mais um pouquinho sobre essa relação entre saúde física, mental e espiritual. Vimos no primeiro post (Relação entre saúde física, mental e espiritual – Parte 1) que a Bíblia trás esse conceito de relação entre saúde física, mental e espiritual. Ellen White, por várias vezes, escreve sobre isso também. Observe o texto a seguir: “A afinidade que existe entre a mente e o corpo, é muito grande. Se um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente tem muito que ver com a saúde física. Se a mente está despreocupada e contente, sob a consciência do dever cumprido e com certo senso de satisfação por proporcionar felicidade a outros, isto criará uma alegria que reagirá sobre todo o organismo, produzindo mais perfeita circulação do sangue, a tonificação de todo o corpo.” Conselhos Sobre Mordomia, p. 345 Eu, particularmente, tenho estudado esse assunto em meu mestrado, e é incrível perceber como mente e corpo se relacionam de forma tão íntima e como um exerce influência sobre o outro. Quando estão saudáveis, isso é muito bom! O problema é que quando estão “doentes”, o problema se torna generalizado, pois na maior parte das vezes ambos são afetados. Pense, por exemplo, em quando você se encontra gripada. Gripe é uma doença tão comum que fica até difícil, para alguns, perceber como ela pode afetar nossa saúde mental. Mas pense, como fica seu humor quando você está gripada? Você raciocina normalmente? Consegue entender as coisas com facilidade? Suas emoções ficam sob controle ou você se perde um pouquinho no controle das emoções? É comum que uma pessoa gripada sinta dificuldade de se concentrar em algo, ou não consiga manter a mesma paciência que tem quando está saudável. Isso, porque nosso corpo está indisposto, a gripe vem acompanhada de situações desconfortáveis, e é totalmente compreensível que nossa mente não funcione como se estivéssemos saudáveis. Se esse tipo de alteração pode acontecer por causa de uma gripe, imagine o que ocorre com a mente quando existe, por exemplo, a diabetes, o câncer, doenças de pele, etc.! “Enfermidades mentais prevalecem por toda parte. Nove décimos das doenças das quais os homens sofrem têm aí sua base. Talvez algum vivo problema doméstico esteja, qual cancro roendo até à alma e enfraquecendo as forças vitais. Remorsos pelos pecados às vezes encobrem a constituição e desequilibram a mente. Há também doutrinas errôneas, como a de um inferno sempre ardente e o eterno tormento dos ímpios que, dando exagerada e distorcida visão do caráter de Deus, têm produzido os mesmos resultados sobre as mentes sensíveis.” Mente, Caráter e Personalidade, p. 59. Olha que interessante! 90% das doenças têm origem na mente, e algumas dessas começam com o mal entendimento das verdades bíblicas (a graça, o perdão divino, e até mesmo doutrinas). Uma vida espiritual alimentada com enganos (doente), gera problemas para a saúde da mente e do corpo. Satanás tem grande interesse em que os filhos de Deus estejam doentes. No post “Relação entre saúde física, mental e espiritual – Parte 3″ veremos porque ele se interessa tanto em atuar sobre a nossa saúde!

SAÚDE FÍSICA ESPIRITUAL E MENTAL

Relação entre saúde física, mental e espiritual – O que vem à sua mente quando você pensa em saúde? Muitas vezes somos tentados a pensar apenas na saúde física, não é verdade. Associamos saúde a ausência de doenças como gripe, câncer, diabetes, entre outras. Contudo, o conceito de saúde é muito mais amplo. Ele envolve 3 dimensões: físico, mental e espiritual. Primeiramente precisamos entender o que é ser saudável em cada uma dessas dimensões. É fácil compreender o conceito de saúde na dimensão física, mas o que seria saúde mental e espiritual? Saúde mental tem a ver com emoções e pensamentos. Somos tentados a pensar em pessoas que têm transtornos mentais quando pensamos em pessoas que estão “mentalmente doentes”, mas alguém que sofre de ansiedade, stress ou depressão, ou alguém que não consegue dominar suas emoções, não consegue se relacionar bem com as pessoas, também está com problemas na dimensão mental da saúde. E a saúde espiritual? O que seria estar espiritualmente saudável? A saúde espiritual tem a ver com nosso relacionamento com Deus, nossa fé e nossas práticas diante da lei de Deus. Podemos estar aparentemente bem, mas quando somos orgulhosos ou mesquinhos, por exemplo, nossa saúde espiritual vai mal! Na Bíblia encontramos a relação entre saúde física, mental e espiritual. Há dois textos no livro de Provérbios que exemplificam claramente essa relação: “Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal. Isto será saúde para o teu âmago, e medula para os teus ossos.” Provérbios 3:7 e 8 “O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos.” Provérbios 17:22 No primeiro texto vemos que “temer ao SENHOR e apartar-se do mal” (saúde espiritual) produz saúde mental (‘âmago’, de acordo com o dicionário, significa, entre outras coisas, a essência do ser, seus sentimentos) e física (representada por ‘medula para os teus ossos’). No segundo texto, é expressa a relação entre mente e corpo, como que nossas emoções podem afetar nossas condições físicas. Biblicamente, nossas dimensões física, mental e espiritual estão intimamente relacionadas. Vemos diversas histórias de personagens que tiveram problemas de saúde em uma dessas dimensões e consequentemente as outras também sofreram. Vemos Davi (Salmos 32:3 e 4), por exemplo, que por pecar com Bateseba (dimensão espiritual), teve grande sofrimento psíquico (dimensão mental) e consequentemente físico. Deus deseja que tenhamos saúde de forma plena, completa, e não apenas em uma ou outra dimensão, até porque quando uma dessas 3 dimensões (física, mental e espiritual) não estiver bem, as outras consequentemente também não estarão!